sexta-feira, 9 de novembro de 2018

SALVADOR – SÃO LUÍS ACONTECEU




















SALVADOR – SÃO LUÍS

ACONTECEU


Parti de Salvador em 01/11/2018 com destino a São Luís. Trajeto de 1.429 quilômetros medidos no odômetro da moto. Foram 55,33 litros de combustível, o que totalizou R$ 267,09 em dinheiro. Cheguei em São Luís em 03/11/2018, num sábado.
Minha mulher foi de avião, chegou no final da tarde, mas eu cheguei antes.

A MOTO
XRE 300 da Honda – Impecável. Se comportou muito bem. É excelente para qualquer terreno, asfalto ou estrada de barro, encarando os buracos com tranquilidade. A suspensão robusta fez a diferença em todo o percurso.
Troquei óleo e filtro antes de partir e lá em São Luís. A diferença de preço: aqui R$ 81,00, lá R$ 152.00.
O consumo variou muito. Como eu estava acostumado com a NC 700 que fazia uma média de 25 km/l na estrada, estabeleci minha programação com base nesse consumo, mas a XRE faz 30 km/l na cidade, então pensei que poderia usar essa lógica para grandes trajetos. Ledo engano. No primeiro dia a moto fez 16 km/l, numa média de velocidade de 120 km/h. No segundo dia eu andei mais devagar, fazendo uma média de 20 km/l e no terceiro dia permaneci nessa mesma média.
A moto não corre. Atinge no máximo 128 km/h, isso na velocidade do GPS que é a verdadeira. Se você puxar mesmo ela bebe direitinho. Mas consegue deixar pra trás o Corsa, Uno (inclusive o Vivace) e o Celta. Alguns Pálios também não alcançam. Dá para ultrapassar aquelas carretas triplas na boa, basta ter espaço.
Mantive a lubrificação da corrente em todas as paradas, alternando com Mobil e uma graxa spray da Motul. Funciona.

O TRAJETO – AS ESTRADAS

Somente vou descrever a ida, porque a volta não foi muito diferente e basta multiplicar por dois.
No primeiro dia saí de Salvador e fiz a primeira parada em Riachão do Jacuípe, depois segui para Senhor do Bomfim e de lá Juazeiro e Petrolina, esta última em Pernambuco, onde dormi. No segundo dia foi mais puxado (como sempre). Saí de Petrolina/PE e parei em Paulistana, já no Piauí, depois segui para Inhuma/PI e finalmente Teresina/PI, onde dormi. Neste segundo dia foram 649 Km de viagem.
No terceiro dia eu saí de Teresina/PI, parei em Peritoró/MA, depois Bacabeira/BA e finalmente São Luís.
As estradas foram a BR 324, BR 407, BR 316 e BR 135. Não peguei nenhuma estadual. Os trechos até o final do Piauí estão bons, mas entrando no Maranhão o bicho pega. Você precia escolher o buraco menor pra cair. A BR 135 está em péssimo estado, além de mais de 120 Km de buracos, um trecho que está um pouco melhor não tem acostamento ou o acostamento é de cascalho.
Não há placas no Estado do Maranhão e poucas no Piauí. Sabe aquelas placas dizendo tal município a tantos quilômetros, ou simplesmente a placa com o nome do município em que você está passando? Não tem. Você fica sabendo se parar para perguntar ou se aparecer no GPS, ou pelas placas dos comerciantes locais que associam seus estabelecimentos ao nome do lugar.
Outra coisa curiosa, no Maranhão das cidades do interior eles fazem os cemitérios na beira da estrada, quase no acostamento. Eu nunca tinha visto isso.

NOTAS TRISTES

Seca, muita miséria mesmo, entre a Bahia e uma parte do Maranhão. A partir de uns 130 Km dentro do Maranhão você já começa a perceber a mudança na vegetação, já percebe sinais de chuvas periódicas, mas dentro da Bahia, na região de Senhor do Bomfim, Valente, entrando pelo Piauí só galhos secos.
Dezenas de raposas, gambás, teiús, cobras e outros pequenos animais mortos pelas estradas, vítimas de atropelamento. Nas propriedades se vê as carcaças de gado mortas pela fome. Não foram vítimas de atropelo, está distantes da estrada, morreram de fome mesmo. Não há o que comer. Leitos de rios secos, lagoas secas, casas abandonadas. De algumas delas retiraram as partes de madeira, portas, janelas. Ausência total do governo.

Somados aos 24.811,8 KM totalizei com essa viagem 26.240,8 Km RODADOS DE MOTO PELO BRASIL.

TRÊS ANOS SEM POSTAR NADA

Pandemia em 2020, nada aconteceu nesse período. Continuo com a CB500X (que é máquina). Sem projetos por enquanto. Muito trabalho, pouco desc...