SALVADOR
– CURITIBA ACONTECEU
A
VIAGEM
Finalmente
fiz o roteiro Salvador- Curitiba em novembro de 2015, saindo
precisamente em 13/11/2015, uma sexta-feira, quando ocorreram os
ataques terroristas em Paris, que eu somente tomei conhecimento de
noite no hotel.
Preferi
a BR101, porque já conhecia até Vitória/ES e pensei que seria mais
fácil do que encarar a BR 116, passando pelo trânsito louco de São
Paulo.
GPS
Garmin como guia, atravessei a Bahia até Eunápolis, dormindo ali no
Hotel Nunes (chegando cedo nem precisa fazer reserva). Foram 645 km
percorridos.
No
dia seguinte peguei a estrada para Vitória/ES, onde fui dormir no
Hotel Ibis Aeroporto (já conhecido); foram 526 km no total desse
dia.
Bahia
e Espírito Santo atravessam uma seca de dar dó.
No
terceiro dia rumei para Parati/RJ. Minha expectativa era grande
porque não conhecia a estrada e tinha um certo receio de passar por
dentro da cidade do Rio de Janeiro. Receio bobo mesmo, todo o caminho
é bem sinalizado, o GPS foi fundamental nesse momento, mas eu
consultei todo o trajeto pelo google maps, valendo-me da ferrementa
do street view. Enfim, foi tranquilo mas desgastante, porque
percorri 788 km nesse dia.
Em
Parati preferi uma pousada perto da estrada, a Eclipse, que é logo
na entrada da cidade.
No
quarto e último dia, peguei a estrada para Curitiba, agora mesclando
a BR 101 com a BR 116, no lugar chamado Pedro Barros. Tive alguma
dificuldade ao passar em Cubatão, por causa das muitas
possibilidades de acesso e o risco de pegar o caminho errado. Para
evitar enganos, no trecho onde ocorreram esses desvios peguei o
sentido de São Paulo. No dia percorri 692 km no total: muito
cansativo.
Para
dar uma ideia aproximada da programação que fiz:
1º
dia: Salvador, Stº Antônio de Jesus, Ubaitaba, Camacan e Eunápolis.
2º
dia: Eunápolis, Teixeira de Freitas, São Mateus e Vitória.
3º
dia: Vitória, Travessão/RJ, Rio Bonito/RJ, Angra dos Reis/RJ e
Parati.
4º
dia: Parati, Bertioga/SP, Registro/SP e Curitiba/PR.
Alguns
detalhes: preferi passar no Rio de Janeiro num domingo, assim
evitei maior trânsito de carros pequenos. Cheguei em Parati num
domingo, já que as pousadas e hotéis da cidade não aceitam
hospedar ninguém por menos de um fim de semana, especialmente a
partir da quinta feira. De Parati a Bertioga são 200 km que são
feitos em três horas e meia a quatro, porque a velocidade média não
passa dos 50 km/h: a estrada é muito sinuosa, muito habitada (quebra
molas, radares etc) que não permitem um desenvolvimento mais rápido.
Fiz
revisão da moto em Curitiba, agendei por telefone.
Números
(somente de ida):
Na
ida eu tive paciência de anotar tudo direitinho, mas a volta eu vim
batido mesmo.
Gasolina total
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85,68 litros, correspondendo a R$ 369,24 (cada
lugar tem um preço diferente)
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Lanche e almoço
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R$ 209,00
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Pedágio total
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R$ 27,30
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Hospedagem
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R$ 296,00 (até
Parati, porque em Curitiba nós ficamos seis dias e não fez parte
do custo da viagem até o destino)
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A
ESTRADA
A
estrada, no total da viagem, pode ser classificada como razoável. A
partir do Espírito Santo é privatizada, mas o que se tem como
serviço é: uma ambulância, um carro guincho e um carro de apoio,
nada mais. O mesmo se pode dizer do trecho em São Paulo, Rio de
Janeiro e Paraná. A BR 116 (no trecho em que eu passei) está
totalmente duplicada: muita neblina, mas tudo bem.
Poucos
buracos e poucos trechos duplicados nos demais trechos, nenhum grande
problema.
Em
São Paulo, na BR 116, moto não paga pedágio, mas deve-se prestar
atenção porque tem uma placa indicando o lugar onde devemos entrar.
Na ponte Rio/Niterói o guichê do pedágio para moto é o de nº6,
não vá em outro porque você não passa – também só paga na
volta, na ida é aberto.
A
beleza do litoral do Rio de Janeiro e de São Paulo, ladeando a BR
101 é indescritível. Passar pela ponte Rio/Niterói ouvindo Highway
to hell do Ac/Dc não tem preço.
A
MOTO
A NC
700 é maravilhosa: nenhum problema. Fez um consumo de 30 km/litro no
primeiro dia e nos demais, quando andei um pouquinho mais forte,
variou entre 26 a 27 km/litro. Nenhum pneu furado, nenhuma pane
elétrica, só levei um susto na volta quando um senhor em Bertioga
me mostrou um prego preso no pneu traseiro. Ele me aconselhou não
mexer e eu fui até Parati assim mesmo, rezando para o prego na sair
e o pneu não esvaziar.
Levei
comigo o kit de reparo para pneu sem câmera, com tubos de
nitrogênio, que serviriam para uma emergência, mas eu estava aflito
para chegar em Parati, porque a mulher da pousada me afirmou que
somente me esperaria até às 20 hs. (é uma merda viajar com esse
tipo de pressão). Mas eu cheguei cedo à cidade, fiz logo o check
in no hotel e fui procurar um borracheiro. O cara tirou o prego,
que era enorme, mas não tinha furado o pneu, para minha sorte estava
preso na borracha, entre uma fenda e outra.
Um
detalhe importante é que eu tenho dificuldade de tirar fotos durante
a viagem, por isso muitas paisagens lindas que eu vi ficaram mesmo na
minha memória: é perigoso parar em qualquer lugar e ser atropelado
ou roubado. Talvez eu devesse ter um go pro.
CURITIBA/PR
Cidade
muito limpa, organizada, tive uma boa impressão. Fiz alguns passeios
a cidades vizinhas como Lapa e Morretes, onde comi o barreado (muito
bom) com banana, na beira do rio.
Mas
é preciso dizer que a cidade não é exatamente turística, seu
forte é o turismo de negócios, portanto os hotéis andam cheios
durante a semana e vazios nos fins de semana.
Marquei
a quilometragem antes da viagem em 4.288 Km e ao final em 9.713,
totalizando 5.425 quilômetros percorridos, somando ida e volta.
Somados aos 19.386,8, totalizei 24.811,8 KM RODADOS DE MOTO PELO
BRASIL.
Ano que vem vou a São Luis, passando por Teresina, para fechar todos
os estados do Nordeste viajando de moto.
Abaixo algumas fotos: